
Casa cheia com um mar de família, amigos e visitas, que chegaram cedo para a festa, enquanto ainda nos atarefávamos nos últimos retoques.
Por todos os cantos, um nervoso miudinho que nos fazia correr, rir por nada, ou simplesmente conversar na esperança de o empurrar bem lá para dentro.
Fato novo para estrear (por que de festa se tratava), cabelos penteados, repenteados e uns brilhos aqui e acolá.
Esquecimentos de última hora, resolvidos a contento pelo(s) parceiro(s) de esta e outras aventuras. São assim os camaradas.
Umas surpresas na manga, que isto de fazer festas especiais é coisa para recordar…
E de repente…tudo aconteceu.
Luzes, pano e um buraco de escuridão de onde conseguíamos ouvir o bater dos corações dos que mais amamos.
Depois foi ir por ali em frente sem perder o rumo ou a coragem, mesmo quando algum (pequeno) percalço acontecia. Sabemos que isso só acontece aos melhores: aos que amam e enfrentam o palco!
Os convidados trouxeram presentes preciosos: a sua presença, brilho, profissionalismo, apoio e palavras de incentivo (que lindas as do Manel…).
A doçura do André S. que nos embalou no aconchego da familiaridade…
A cumplicidade do Orfeão, que nossos irmão mais velhos, nos protegeram nas suas asas de capas pretas…
A energia dos ”We”, que nasceram da Figueira (como nós) e vão voar, estamos certos…
E a Brigada… um grupo de músicos de coração e vozes de eleição, guardiães da música das raízes de todos, base para os voos de cada um…
E o irmão mais “experiente”: Sérgio Godinho, que (como sempre) a todos conquistou. A nós desde os ensaios, ao público toda a vida, e que conseguiu transformar-nos nas mais “curtidas” velhas que alguma vez alguém viu…
Por fim, juntos no palco, os nossos “pais” Maestros José Firmino, que tanto trabalhou, amou (e por vezes se enervou) na missão que foi formar gerações de Pequenos Cantores, e Paulo Bernardino que tomou (corajosamente) conta da “família” que se vai regenerando.
Nos bastidores e também pela plateia, as nossas “mães galinha”: a actual e anteriores Direcções, a roer unhas e a apaparicar-nos com beijos e ralhetes (quando necessários).
Houve parabéns, flores, beijos, abraços e…lanche!
Mas o melhor, foi que a festa ainda não acabou! Estamos apenas a iniciar um ano de comemorações, porque um quarteirão de século não se faz todos os dias.